Safe Place Mission é uma plataforma missionária, com foco no enfrentamento a exploração sexual e tráfico humano, bem como a propagação do evangelho entre povos não alcançados.
Formada por uma equipe apaixonada por Cristo, pessoas empenhados em manifestar a glória de Deus, que acredita no evangelho integral e no poder da transformação social através da valorização do ser humano.
Nossa equipe é interdenominacional (diferentes igrejas) e transcultural (diferentes países), essa diversidade cultural nos permite crescer uns com os outros, aprender coisas novas e desenvolver nossa habilidade de adaptação quando necessário, respeitando as culturas locais.
Debaixo da liderança de nossas igrejas brasileiras, temos avançado pelas nações, com o fim de proclamar o evangelho.
A Safe Place Mission nasceu em 2016 ainda no Brasil, quando Deus chamou os missionários Flávio e Quésede para começar um trabalho novo no Camboja, um país de povos não alcançados (apenas 2% da população é cristã) e onde a prostituição e a pedofilia ainda é um grande problema social.

Por que o Camboja?
O Camboja é um dos países que compõe a janela 10/40, um pequeno país no sudeste asiático com a população atual em 15 milhões de habitantes. A religião oficial no país é o budismo e menos de 2% da população é cristã.
Entre os países da Ásia, hoje o Camboja é um dos países mais pobres e desestruturados, econômica e socialmente. Essa realidade já foi bem diferente, mas em 1975 o país foi tomado por um regime comunista que em 4 anos destroçou o país, esse período foi conhecido como khmer vermelho.
Nesses 4 anos do regime khmer vermelho, toda a economia foi destruída, cédulas de dinheiro era simplesmente jogadas aos montes pelas ruas, qualquer tipo de arte era proibido, todos os livros foram queimados, não podia existir nenhuma religião sequer, assim, templos, mesquitas e igrejas foram incendiadas junto com seus líderes, e durante esses quatro anos 3 MILHÕES de pessoas foram assassinas.
Foram anos de muita miséria, fome, doenças, trabalho forçado em campos onde o lema era “Mantê-lo vivo não é lucro, e mata-lo não é prejuízo”, foram anos de muita morte. Famílias inteiras foram assassinadas apenas porque sabiam ler e escrever, outras porque um dos membros usava óculos. Muitos pais, ao entenderem que seriam assassinados, esconderam seus filhos nas matas, e assim, muitas crianças cresceram sozinhas, sem família, sem lar e amor.

Todo esse cenário resultou num desastroso desequilíbrio social e desde então, a exploração sexual se tornou uma moeda de troca muito utilizada para a sobrevivência. A miséria, fez dos cambojanos um povo muito vulnerável e suscetível a má fé de estrangeiros, que exploram o povo tanto para o trabalho braçal com baixíssima remuneração, como também exploram sexualmente mulheres e crianças.
Costumamos dizer que o povo cambojano ainda está em “modo sobrevivência”, tudo é válido para não morrer de fome. E por esse pensamento, muitas famílias ainda negociam seus filhos com pedófilos estrangeiros, milhares de crianças cambojanas são diariamente abusadas e comercializadas para fins sexuais. Também existem muitos casos de cafetões que enganam as famílias, prometendo um futuro melhor para as crianças caso os pais as deixem ir com eles, e acreditando e se apegando a um fio de esperança, eles entregam as crianças; essas crianças são levadas (sem o consentimento dos pais) para casas de prostituição e ficam por anos sendo comercializadas, muitas morrem durante o ato sexual, devido a pequenez do seus corpos.
Sabemos que em todo o mundo existe crianças sendo abusadas, inclusive no Brasil, mas em alguns lugares não há ninguém que as defenda, que clame por elas. O Camboja é um desses lugares. Com um número ainda inexpressivo de cristãos, a igreja ainda não é forte o bastante para lutar por causas sociais. Há poucas organizações locais, pois não há recursos internos (dentro do próprio país) para financiar as atividades. E um número muito crescente de pedófilos e exploradores sexuais cruzando as fronteiras do Camboja em busca do “oásis sexual” e da certeza de que não serão presos ou condenados por tais atos.
O governo do Camboja criou leis e tem trabalhado muito para que a realidade mude, mas há um longo percurso a ser percorrido até que consigam mudar a mentalidade cultural que acha aceitável o abuso infantil.
Nós, corpo de Cristo, devemos ser resposta ao clamor dessas crianças, e envolve-las no amor de Jesus.
Tráfico humano e exploração sexual

Há cerca de três séculos depois do início do movimento abolicionista, existem mais de 40 milhões de escravos pelo mundo, a chamada escravidão moderna. O tráfico humano é o crime que mais cresce no mundo e esse crime fatura mais de 30 bilhões anualmente.
Suas vítimas são usadas para trabalhos forçados, casamento arranjado, pornografia, prostituição e até mesmo para terem os órgãos retirados e vendidos no mercado clandestino. Entram nas estatísticas milhares de crianças, que têm a sua inocência roubada e a esperança mutilada junto com o seu corpo.
Podemos explicar o tráfico humano com a frase: “o tráfico humano é a exploração da vulnerabilidade”. Dessa maneira contemplamos todos os perfis de vítimas, que variam de uma bela jovem andando sozinha em uma rua escura e deserta, para uma criança faminta, nascida em uma grande família pobre e sem estrutura.
As organizações criminosas dessa natureza, se aproveitam de situações de vulnerabilidade de pessoas comuns e as transforma em vítimas. Muitas mulheres e crianças, dessa maneira, são inseridas na indústria sexual em troca do socorro emergencial, que certamente nunca receberão e ficarão por anos cativas, sendo comercializadas e abusadas sexualmente.
O tráfico de pessoas tem crescido muito porque a lucratividade desse crime é superior aos demais, visto que quando se vende uma arma, o criminoso recebe o dinheiro e nunca mais volta a ver a arma, já o ser humano pode ser comercializado diversas vezes, até que esse definhe.
No caso da indústria sexual, a manipulação da negociação é tão profunda que muitas vezes a vítima sequer consegue se entender como vítima, principalmente quando a vítima é adulta. Mas fato é que ninguém sonha em ser garota ou garoto de programa quando crescer, os fatos que levam a pessoa a indústria sexual, são sempre fatores de vulnerabilidade.
Nesse cenário de trabalho escravo, a Ásia se destaca com os maiores índices de escravos modernos. Muitas famílias não conseguem sustentar seus filhos, e convencidas de que eles teriam uma oportunidade melhor com um estrangeiro que os convence de que vai levar seus filhos para estudar, entregam seus filhos ainda tão pequenos para agenciadores do sexo e pedófilos pervertidos.
Nossa Missão
Anunciar o evangelho do Reino, a esperança, o amor, a justiça, e a paz ao redor do mundo combatendo a exploração sexual, tráfico humano e escravidão moderna através do resgate de vítimas e de medidas preventivas.
Nossa missão, de maneira nenhuma interfere nos valores culturais das nações, pois cremos que a cultura também é uma expressão do caráter de Deus, também cremos que o mesmo Jesus que redime corações, se importa também em redimir a cultura.
Nossa Visão
Temos como objetivo trabalhar nas três frentes de combate ao tráfico humano, exploração sexual e escravidão, sendo elas: Prevenção, resgate e restauração.
Entendemos que a educação e a capacitação profissional, aliadas ao discipulado espiritual são ferramentas muito fortes nessa guerra, assim, respeitando cada indivíduo, suas habilidades e sonhos, queremos oferecer ambientes saudáveis onde as pessoas atendidas possam ter as suas vidas completamente restauradas e serem preparadas para voarem mais alto e sozinhas.
Nossos Valores
* Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo
* Ouvir a voz de Deus
* Anunciar o evangelho do Reino a toda criatura
* Comunicar com integridade
* Respeitar a individualidade e as decisões de cada ser humano
* Respeitar e proteger as crianças
* Promover ambientes seguros e motivadores
* Respeitar as diferenças